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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Surge a Homeopatia.



Hahnemann, nasceu em Meissen, Saxónia, região oriental da Alemanha, a 10 de Abril de 1755, tendo-se formado em medicina no ano de 1779, na Universidade de Erlangen, onde defendeu a tese “Considerações sobre as causas e o tratamento dos estados espasmódicos”.
Traduziu e publicou diversas obras, que constituíram uma inestimável contribuição para a literatura médica da época, destacando-se o seu “Dicionário Farmacêutico”.

Considerando inaceitáveis os métodos e a inoperância da medicina clínica clássica, que se orientava essencialmente pela doutrina dos humores – as doenças eram provocadas pelos maus humores –, que eram purificados através de clisteres, purgas, sangrias e vomitivos, para além da utilização de medicamentos de elevada toxicidade, que ao invés de fortalecerem o paciente, apenas o debilitavam e expunham a patologias sucessivas e constantes, abandonou desalentado a sua prática em 1789, dedicando-se a traduzir obras médicas estrangeiras.

Em 1790, quando traduzia a matéria médica de Cullen, instituidor da Escola Médica de Glasgow, faz a descoberta que o transformou no fundador da homeopatia.
Cullen afirmava que a Cinchona Officinalis – Quina – tinha propriedades tonificantes sobre o estômago, o que contrariava a experiência de Hahnemann, já que, quando adoeceu de paludismo havia experimentado – devido à sua ingestão – alguns dos sintomas característicos da gastrite. Desta forma, passou a seautoministrar diariamente certa dose dessa planta – medicamento –, começando a sentir um quadro sintomático que compreendia: tremores, sede, acessos de febre, palpitações; enfim, todos os sintomas característicos das febres intermitentes.
Considerando a sua própria experiência, anotou na margem da mencionada obra a frase: “Substâncias que provocam uma espécie de febre, podem curar a febre”. Com ela, lançou os alicerces da nova medicina e do seu princípio fundamental: “Os semelhantes são tratados pelos semelhantes”.

Desta premissa, partiu para a experimentação de outras substâncias com resultados terapêuticos confirmados, como o arsénico, obtendo o mesmo tipo de resposta às questões que levantava. Concluiu então, que um paciente deve ser tratado com a substância capaz de produzir em qualquer organismo são, um quadro sintomático idêntico ao por si apresentado.
Deste modo, Hahnemann determina exaustivamente o maior número de sintomas decorrentes da intoxicação provocada pela administração continuada duma dada substância – veja-se o artigo “A Experimentação Em Homeopatia”.

O conjunto de sinais e sintomas obtido é designado Patogenesia da Substância.
No ano de 1805 publicou a primeira Matéria Médica Homeopática, com 27 substâncias ensaiadas, e respectivas patogenesias.
Após inúmeras experimentações, publicou em 1810, o “Organon da Ciência Médica Racional”, que a partir de 1819, data da 2ª edição, recebeu o título de “Organon da Arte de Curar”. Considera-se este, como sendo o livro basilar de todo o corpo teórico homeopático – o “Organon da Arte de Curar”, como livro de base da homeopatia deve ser cuidadosamente estudado. Aconselha-se ao estudante de homeopatia como primeira abordagem: O “Organon de Samuel Hahnemann – Resumo”, editado neste blogue e no site http://www.homeoesp.org/
Até ao ano de 1839 publicou a “Matéria Médica Pura”, que foi dada à estampa entre 1811 e 1826, em 6 volumes, com um total de 1777 páginas e 64 medicamentos experimentados, e o “Tratado de Moléstias Cronicas”.

A homeopatia é utilizada praticamente em todo o mundo, existindo três escolas dominantes: UnicismoPluralismo e Complexismo. Embora as duas últimas Escolas resultem basicamente de toda a doutrina unicista – única Escola puramente hahnemanniana –, a multitude de teorias aditadas aos conceitos básicos promoveu a sua adaptação aos princípios da Medicina Ortodoxa.
Enquanto que o Unicismo se fundamenta no princípio do medicamento único ou ““Simillimum" encontrado com referência à totalidade sintomática do paciente, no pluralismo são receitados dois ou mais medicamentos, tomados alternadamente, com o intuito de cobrir todos os seus sintomas. No Complexismo os medicamentos são tomados simultaneamente. Existe quem conteste esta distorção da real doutrina homeopática, outros defendem a evolução necessária da homeopatia. Quer o unicismo, o pluralismo ou  o complexismo, conduzam a resultados sensacionais e entusiasmantes. São muitos os profissionais que o atestam e pacientes que o confirmam.

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