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domingo, 8 de julho de 2012

Mas não faz falta a proteína

Mas não faz falta a proteína? É a pergunta que muitas pessoas fazem para o doutor quando se fala em redução do consumo de carne. Na escola, a gente aprende que a carne e o leite são as fontes de proteínas da alimentação humana. Que esse elemento fundamental que forma nossos tecidos, a proteína, só pode ser suprido em nosso corpo comendo carne, leite e ovos.

Mentira que muita gente se esquece de questionar. Nunca vi um exame de quem não consome carne e leite que apontasse carência de proteína. Aliás, o problema é justamente o oposto: o excesso de proteína dos que consomem carne e laticínios demais. Isso sobrecarrega o fígado e os rins. E, pasmem, contribui para gastar o cálcio do corpo. Daí se conclui que a osteoporose, essa doença que causa medo aos idosos, não seria pura e simplesmente a falta de cálcio no corpo. Cálcio temos de sobra nas saladas, no gergelim, nos grãos. Não precisa de leite e queijo pra suprir o cálcio que o corpo necessita. O problema é outro: excesso de consumo de proteínas, que causa descalcificação.

Outro vilão dos intestinos e da intoxicação no corpo: os alimentos refinados. Açucar, farinha de trigo, arroz e até o sal que consumimos no modelo alimentar que domina atualmente: alimentos que passam por processos de refinamento. Isso significa que a parte mais rica em nutrientes e fibras do trigo, do açúcar, do arroz e do sal são removidas. Muitas vezes há também um processo de branqueamento com produtos químicos. E o que sobra é um alimento pobre em nutrientes. O açúcar mascavo ganha muito do açúcar cristal em vitamina C. O sal marinho é cheio de minerais esssnciais que o sal refinado não tem. A farinha de trigo integral e o gérmen de trigo são ricos em zinco, elemento cuja falta causa queda de cabelo, apatia e impotência e manchas brancas nas unhas. A farinha de trigo refinada não tem zinco; só carboidrato e de, tão descascada que é, sobra só uma goma que cola nas paredes do intestino e causa constipação.

Refinados, excesso de carne, queijo e leite... Coisas do modelo de alimentação adotado num sistema capitalista. Por causa desse modelo, é preciso produzir em larga escala para abastecer uma população essencialmente urbana, que não sabe produzir o que precisa pra viver. Por causa desse modelo, é preciso transformar a produção em algo enorme, de grande escala, distante da realidade local.

Segundo os especialistas em soberania e segurança alimentar, é cada vez mais importante subverter essa ordem: consumir alimentos locais, participar de redes de trocas, dar preferência ao alimento fresco, que vem próximo de onde se mora.

Ao lado, os vegetais que, de um modo geral, contêm algumas proteínas. A única diferença é que na carne as proteínas são completas, isto é, com todos os aminoácidos essenciais. Com os vegetais é necessário variar mais a alimentação para conseguir absorver todos os aminoácidos necessários. Use: castanha-do-pará, semente de girassol, gergelim (tahina), quinoa, gérmen de trigo, alfafa, frutos secos em geral (avelãs, amêndoas, nozes), as leguminosas (feijões, lentilhas, ervilha, grão-de-bico), cereais, sobretudo integrais, como aveia, trigo, arroz, cevada e centeio.

A Fundação Soleil reúne um conjunto de especialistas que ousam afirmar verdades que a indústria não deixa divulgar. Abaixo, um excerto do livro "Você sabe se alimentar?" que expõe algumas polêmicas (e que foi a base para escrever esse post):

"PROTEÍNAS

As proteínas são elementos nutritivos usados para o crescimento e restauração das células do corpo. Elas são formadas por aminoácidos. Há 12 aminoácidos que nós mesmos sintetizamos em nosso organismo. Oito aminoácidos, chamados essenciais, temos que receber através da alimentação.

Encontramos proteínas tanto no reino vegetal quanto no reino animal. As proteínas encontradas nas plantas têm a mesma qualidade nutritiva que as de origem animal. Todos os alimentos de origem vegetal, quando não refinados, contém os 8 aminoácidos essenciais - na maioria das vezes, mais do que o dobro na necessidade calculada para crianças e adultos. Os alimentos naturais contêm todos os aminoácidos necessários para a saúde. Se comemos alimentos vegetais variados e não refinados, não temos falta de proteínas.

O período de vida em que mais precisamos de proteínas é na infância, quando estamos crescendo. O alimento ideal para o bebê é, sem dúvida, o leite materno - rico em proteínas. Encontramos 8% de proteínas no arroz, 11% nas batatas e 28% no feijão. É quase impossível encontrar um caso de deficiência de proteínas em nossa sociedade ocidental. Pelo contrário, é extremamente freqüente encontrar vítimas do consumo excessivo de proteínas (os americanos consomem 6 a 8 vezes mais proteínas do que necessitam).

As proteínas em excesso não são armazenadas pelo corpo: sua eliminação constitui uma sobrecarga de trabalho para o fígado e os rins, deixando-os esgotados. Para eliminar as proteínas, os rins têm que usar grande quantidade de cálcio. Isso provoca perda de cálcio ósseo e, como conseqüência, a osteoporose e grande concentração de cálcio na urina. Daí a formação de cálculos renais. São principalmente as proteínas de origem animal que criam esses problemas.

Utilizando produtos animais como fonte de proteínas também absorvemos grande quantidade de gorduras e colesterol. Além disso, os produtos animais são deficientes em fibras e, freqüentemente, estão contaminados por vírus, bacterias e produtos químicos. Os alimentos de origem vegetal são pobres em colesterol e gorduras, mas ricos em fibras. Constituem, portanto, a melhor fonte de proteínas para a alimentação humana.

Acreditar que é preciso consumir leite e queijo para obter cálcio suficiente é um mito que provoca doenças. A alimentação simples dos chineses e japoneses, à base de arroz e vegetais, contém cálcio suficiente para permitir a milhões de asiáticos viverem bem - sem nunca beber leite nem ingerir tabletes de cálcio comprados na farmácia! É essencial compreender que a carência de cálcio dos ocidentais não é provocada por falta de cálcio nos alimentos mas pelo excesso de proteínas, que conduz a perda de cálcio ósseo. O estudo cuidadoso da literatura científica mostra que as deficiências de cálcio no ser humano nunca são provocadas por falta de cálcio na alimentação. Há cálcio suficiente nas plantas para permitir que cavalos, elefantes, hipopótamos e girafas desenvolvam seus enormes esqueletos!

A quantidade de cálcio absorvida pelo intestino é determinada pela necessidade de cálcio do corpo - as células intestinais só absorvem o que é exigido pelo organismo. Se todo cálcio contido nos alimentos fosse absorvido pelas células intestinais, teríamos uma sobrecarga de cálcio. Por isso, não faz sentido dar cálcio em comprimidos para uma pessoa que apresenta sinais de carência de cálcio, como osteoporose.

A indústria do leite procura fazer crer que a osteoporose ocorre quando as pessoas consomem pouco leite de vaca. Entretanto, a osteoporose é uma doença encontrada principalmente nos países que consomem muitos laticínios: Estados Unidos, Inglaterra, Finlândia e Suécia. É extremamente rara nos países em que quase não há consumo de laticínios, como na maior parte da Ásia e da África. Nos Estados Unidos, país com maior consumo de proteínas animais do mundo, encontramos o índice mais elevado de fraturas de colo do fêmur; nos países africanos, as fraturas de colo do fêmur são praticamente desconhecidas. Os esquimós, que têm uma alimentação muito rica em proteínas animais, têm também um índice muito elevado de osteoporose.

É preciso diminuir o consumo de proteínas na alimentação para reestabelecer o equilíbrio do cálcio, isto é, não perder mais do que absorvemos. Pessoas com tendência à osteoporose deveriam, pois, abster-se de proteínas animais e comer apenas proteínas de origem vegetal. " (Fonte: Dr. Soleil, Você sabe se alimentar?)

E agora um trecho de artigo do Dr. Aureo Augusto, copiado de seu blog

http://aureoaugusto.blogspot.com :

"...olvidou-se que na realidade o leite pode ser uma armadilha. Há algum tempo li na revista da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) um artigo (infelizmente perdi o nome do autor) uma pesquisa mostrando a grande incidência no Brasil de intolerância à lactose. Esta substância é um dissacárido, ou seja, um açúcar formado por dois açúcares simples (glicose e galactose). Para que possa ser absorvido pelo organismo deverá sofrer uma quebra e os açúcares simples são então captados pelas células do intestino delgado (no jejuno-íleo) e passam para o sangue. Apenas 10% dos brasileiros adultos têm a enzima capaz de quebrar a lactose. Isto faz com que ela não seja absorvida e chega inteira ao intestino grosso, alimentando bactérias aí existentes e alterando o equilíbrio osmótico provocando o surgimento de gases e irritação das paredes intestinais. Em alguns o quadro é bem sério e pode levar à hospitalização, mas na maioria das pessoas o problema segue surdamente e o prejuízo não é notado, mas mina a saúde. Em alguns países africanos a situação é mais séria, pois 99% das pessoas não toleram o leite. Na África, salvo engano, apenas os Masai (salvo engano) apresentam um quadro genético que lhes garante a tolerância à lactose e, portanto, podem consumir leite. Já os povos nórdicos, como os escandinavos, holandeses, ingleses etc. apresentam um quadro de apenas 10% de intolerância.

Vale observar que o leite tem outros aspectos que o tornam pouco recomendado. Por ser bastante alcalino estimula a produção de ácidos no estômago o que o torna inadequado para portadores de gastrites ou úlceras. Também alcaliniza o intestino grosso, órgão que para funcionar bem tem que ser um pouco ácido, daí o leite contribui para a obstipação (prisão de ventre), causa ou fator coadjuvante em graves problemas de saúde . No leite temos duas proteínas importantes, a caseína e a lactoalbumina. O leite de vaca tem uma proporção muito maior da primeira (ao contrário do leite materno onde a lactoalbumina predomina). A caseína quando se coagula (em presença do ácido do estômago) o faz em grumos grandes e grosseiros o que dificulta sua digestão, este é um dos motivos pelos quais as crianças não devem tomar leite de vaca. Mais recentemente o Dr. Raphaël Nogier, publicou suas pesquisas relacionando o consumo de leite e laticínios com enfermidades da mulher, tais como corrimentos vaginais e tumores das mamas . O livro que traz farto material merece ser lido cuidadosa e criticamente. Representa um importante alerta contra o consumo indiscriminado de leite e derivados. Aliás, reforça as conclusões de um brasileiro, o Dr. Raul Barcellos . Os autores trazem diversas informações sobre o como o alimento, graças a sua fórmula de carboidratos, gorduras, proteínas e açúcares, acaba por nos prejudicar mais do que trazer benefícios.

Apesar disso, sabemos que alguns povos que tinham o iogurte como forte componente da dieta apresentavam grande longevidade e saúde, destacando-se os Hunzas dos Himalaias e os georgianos do Cáucaso. O abandono da dieta tradicional (por influência dos povos europeus), com muitos legumes, frutas e iogurte fez com que a saúde destes povos se reduzisse. A realidade é que o iogurte, ou a coalhada, são bem melhores do que o leite, pois estes são ácidos e estimulam o intestino grosso, corrigindo a prisão de ventre, ademais o cálcio só é bem absorvido em meio ácido, donde no leite in natura a absorção deste mineral é diminuída. A caseína é quebrada em parte pelas bactérias que, além disso, faz por nós o trabalho de reduzir a lactose a suas partes absorvíveis, o que é uma solução para quem tem intolerância à lactose. Mesmo assim, pesquisadores como Barcellos e Nogier fazem restrição ao uso da coalhada e do iogurte.

Penso que isso pode ocorrer, no todo ou em parte, por algo que o Dr. Servan-Schreiber nos traz no seu maravilhoso livro, Anticâncer . Ele nos alerta para o fato de que o exponencial aumento do câncer de mama e também das demais formas de câncer aconteceram após o boom de alimentos depois da Segunda Guerra Mundial, quando o consumo de leite e derivados aumentou muito, mas também aumentou o consumo de carnes, e de produtos industrializados, refinados etc. Observa que o gado passou a alimentar-se artificialmente, usando ração rica em ômega 6, um ácido graxo importante para o nosso organismo, porém capaz de estimular as inflamações em geral (que por sua vez têm seu papel na gênese do câncer). Leite de vacas que comem capim tem muito mais ômega 3 do que ômega 6. Isso acontece com a carne de boi ou de frangos e com os ovos de galinha. Cumpre atentar para estes dados antes de condenar completamente os laticínios ao ostracismo. Atualmente na França alguns criadores estão incluindo na dieta de galinhas, frangos e do gado leiteiro ou de corte, porções de sementes de linhaça; isso tem aumentado o teor de ômega 3, tornando-os mais saudáveis para consumo humano." (Fonte: Dr. Aureo

Augusto)Fonte:http://colunameioambiente.blogspot.com.br

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